Continuando a sua missão de apoiar e orientar as associações de pais no Algarve, promovendo boas práticas e fortalecendo a colaboração entre famílias e escolas, bem como defendendo os direitos dos pais e promovendo uma educação de qualidade, a Federação Regional de Associações de Pais do Algarve (FRAP Algarve) reuniu-se com o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, para denunciar a grave crise que afeta a educação no Algarve. A escassez crónica de professores, agravada pela falta de habitação acessível e pelo desinvestimento nas infraestruturas escolares, está a comprometer o futuro dos nossos filhos e a condenar a região a continuar na cauda do país.
É inaceitável que, em pleno século XXI, continuemos a assistir a escolas em contentores, turmas sobrelotadas e a um sistema que ignora as reais necessidades de alunos, pais e docentes. A FRAP Algarve exige um plano de emergência imediato para o recrutamento e fixação de professores, acompanhado de medidas concretas para assegurar habitação digna aos profissionais da educação que trabalham na região.
Durante a reunião, foram reafirmados os desafios que as escolas e as famílias enfrentam diariamente: a falta de assistentes operacionais e técnicos especializados, o desrespeito pelas normas legais de rácios, mudanças legislativas como a restrição ao uso de telemóveis imposta sem diálogo, e as alterações controversas na disciplina de Cidadania, que retiram temas essenciais da formação dos jovens.
A FRAP Algarve e a ANDAEP comprometem-se a lutar juntos, com firmeza, para que o Ministério da Educação olhe para o Algarve como uma prioridade nacional, deixando de tratar a região como um “problema secundário”.
O presidente da ANDAEP, Filinto Lima, reforçou que “não pode haver educação de qualidade onde faltam professores e onde se deixa de investir em recursos humanos e materiais”.
A presidente da FRAP Algarve, Marta Rodrigues, é categórica: “Os pais do Algarve estão fartos de discursos vazios e promessas adiadas. Queremos ações concretas e imediatas para garantir aos nossos filhos o direito a uma educação digna, pública e inclusiva. O Algarve não pode continuar a ser esquecido!”
A FRAP Algarve continuará a mobilizar a comunidade educativa e a pressionar todas as entidades competentes, porque a defesa dos direitos das crianças e jovens do Algarve está acima de tudo.
